Museu do Futebol: espaço democrático de todas as torcidas na “capital do esporte” do Brasil
Vai para o Museu do Futebol? Então veja as táticas e dicas que preparamos para você curtir ainda mais esse passeio!
Como motor da economia nacional e uma das capitais do mundo, São Paulo tem como marca registrada o pioneirismo.
Foi na cidade que surgiu – ou chegaram de fora – tendências e inovações que, aos poucos, ganhariam o resto do Brasil e até o mundo.
Talvez o principal exemplo seja a televisão. Em 18 de setembro de 1950, coube a TV Tupi – Canal 3 a primazia de ser a emissora pioneira em transmissões televisivas no Brasil e na América Latina.
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Os estúdios onde tal acontecimento histórico ocorreu ficavam no alto do Sumaré, bairro próximo da Avenida Paulista.
Pegando outro exemplo, dessa vez mais recente, no meio dos anos 2000, São Paulo foi a primeira cidade do Brasil a receber um Coworking, os hoje tão famosos e presentes escritórios compartilhados.
Na parte culinária, São Paulo pode se considerar a responsável por “trazer ao mundo” delícias como o sanduíche Bauru e a sobremesa Petit Gateau.
Até mesmo a expressão “acabar em pizza” tem raízes paulistanas, oriunda das acaloradas reuniões dos dirigentes do Palmeiras em tempos idos.
E por falar em futebol, em fins do século XIX, um rapaz nascido no Brás, filho de pai inglês e mãe brasileira, regressava de estudos na “Terra da Rainha (Vitória, no caso) ”. Seu nome: Charles William Miller.
Ele trazia em sua bagagem duas bolas, um par de chuteiras e um livro de regras de um ‘sport’ totalmente desconhecido, até mesmo para a colônia britânica na cidade.
A partir daquele instante, o interesse dos paulistanos por ‘football’, aquele esporte estrangeiro de regras simples, cresceria sem parar, conquistando das classes mais altas até o operariado.
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E nada mais justo do que São Paulo contar com museus como o Masp, a Pinacoteca, o Farol Santander, o CCBB, e claro, com o principal museu dedicado ao futebol no Brasil, no mais emblemático palco futebolístico ainda existente: o Estádio do Pacaembu.
O Museu do Futebol, altamente interativo, é o que mais recebe visitantes desde a sua inauguração, sendo espaço de convivência lúdica e pacífica entre torcedores de todos os times e dos que não curtem o esporte bretão.
Uma das intenções é mostrar que o universo do futebol vai muito além do simples clichê “vinte e dois homens atrás de uma bola”, sendo possível associar a fatos cotidianos.
Aqui, vamos dar uma passada rápida em cada atração que o Museu tem a oferecer, sem deixar de lado o começo da paixão dos paulistanos pela bola.
Ah, por ironia do destino (ou não), o Museu está em frente a uma praça que homenageia o “pai do futebol brasileiro”.
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Quando e onde foi disputado o primeiro jogo de futebol em São Paulo?
O confronto entre o São Paulo Gaz Company, a companhia de gás, e a São Paulo Railway Company, a principal ferrovia da cidade, aconteceu em 14 de abril de 1895.
Entre os jogadores, estava Charles Miller, que atuava pelo esquadrão da S.P. Railway.
Disputado na Várzea do Carmo, no Brás, a partida terminou em 4 a 2 para o time dos ferroviários. No local há hoje uma área residencial.
Os autores dos gols e as escalações das duas equipes são desconhecidos.
Qual o primeiro time de futebol fundado em São Paulo?
Criado em 13 de maio de 1888, o São Paulo Athletic Club, o SPAC, surgiu do comum interesse de comerciantes e engenheiros ferroviários ingleses em ter um clube para o lazer da colônia.
Detalhe: a data de fundação é a mesma da promulgação da Lei Áurea, que acabou com a escravidão no Brasil, assinada pela Princesa Isabel.
Porém, é só a partir de 1895 que o SPAC resolve monta sua primeira formação de futebol, que durou em 1912.
O SPAC mantém suas atividades sociais em duas sedes na capital: a principal, no bairro da Consolação, e outra em Santo Amaro.
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Quando foi disputado o primeiro campeonato de futebol em São Paulo?
Nascida em 14 de dezembro de 1901, a Liga Paulista de Foot-Ball, a LPF, organizou o primeiro torneio entre seus cinco fundadores entre maio e outubro de 1902.
É considerada a primeira edição do Campeonato Paulista que, em 2022, completa 120 anos de disputas ininterruptas.
Os “fundadores-participantes” foram: São Paulo Athletic, Mackenzie College, S.C. Internacional, Germânia (atual Pinheiros) e Paulistano.
Após oito rodadas, o São Paulo Athletic (não confundir com o atual São Paulo Futebol Clube, criado em 1930) ficou com o título e o Paulistano foi o vice.
Com dez gols, Charles Miller (ele mesmo!), que jogava pelo São Paulo Athletic, foi o primeiro artilheiro do “Paulistão”.
A Federação Paulista de Futebol, a FPF, é a atual organizadora do torneio, desde sua fundação, em 1941.
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Que clube é o maior vencedor do Campeonato Paulista?
O Corinthians, fundado em 1910 por operários do bairro do Bom Retiro, é o que tem mais títulos estaduais: trinta. A última conquista foi no ano de 2019.
Em seguida, vem seu maior rival, o Palmeiras. Clube da colônia italiana nascido em 1914, tem 23 títulos, sendo o último em 2020.
Empatados com 22 estão o São Paulo (vencedor em 2021) e o Santos, o maior campeão paulista fora da capital. A última vez que o alvinegro santista levantou o troféu foi em 2016.
O Paulistano, maior campeão da era amadora, tem onze títulos. Os outros campeões da capital são: São Paulo Athletic (4 títulos), Portuguesa (3), A.A. das Palmeiras (3), Germânia (2), Americano (2), A.A. São Bento (2), S.C. Internacional (2), Albion (1) e Juventus (1).
Esses dois últimos, inclusive, tiveram seus respectivos feitos só reconhecidos pela atual FPF no ano passado.
Fora o Santos, só quatro clubes do interior ou arredores tem a honra de ser considerados campeões paulistas: a Inter de Limeira, em 1986, o Bragantino, em 1990, o Ituano, em 2002 e 2014, e o São Caetano, em 2004.
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Quando o estádio do Pacaembu foi inaugurado?
Em 27 de abril de 1940, após apoteótica cerimônia, com a presença do então presidente da República, Getúlio Vargas, foi inaugurado o Estádio Municipal de São Paulo.
No dia seguinte, Palmeiras (que se chamava Palestra Itália) e Coritiba fizeram o jogo inaugural o estádio.
Zequinha, do Coritiba, entrou para a história como o autor do primeiro gol do então novo estádio.
Porém, a partida final acabou em 6 a 2 para os palestrinos.
Quem é a personalidade homenageada com o nome oficial do estádio do Pacaembu?
Nascido na capital em 1901, Paulo Machado de Carvalho tinha uma relação íntima com o futebol.
Formado em Direito pelo Largo do São Francisco, foi presidente do São Paulo Futebol Clube.
Em 1958, as portas da Copa do Mundo na Suécia, Paulo foi convidado pelo então presidente da Confederação Brasileira dos Desportos (CBD), antecessora da CBF, a chefiar a delegação que iria ao país europeu.
Com um método inovador (somado a doses de superstição pessoal), a seleção brasileira conquistaria a sua primeira Copa ao derrotar os donos da casa na final por 5 a 2.
Acabou, por esse motivo, recebendo o apelido de “O Marechal da Vitória”.
Para perpetuar esse feito, a prefeitura municipal decidiu homenagear o Estádio do Pacaembu com o seu nome, em 1961.
Dono de um império de comunicações, incluindo as rádios Record e Panamericana (atual Jovem Pan) e a TV Record, faleceu em 1992, aos 90 anos.
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Que dia o Museu do Futebol foi aberto ao público?
O museu foi inaugurado oficialmente em 29 de setembro de 2008.
Qual a área aproximada do Museu do Futebol?
Ocupa mais de 6,9 mil m² abaixo das arquibancadas frontais do Pacaembu.
São três pavimentos divididos em 15 salas temáticas com aspectos sobre a consolidação do futebol como parte integrante da cultura e da sociedade brasileira.
Que salas são os maiores destaques do Museu do Futebol?
Logo no térreo, a “Grande Área” é voltada para a relação do esporte com o colecionismo. Há centenas de reproduções de camisetas, flâmulas, capas de álbuns de figurinhas e de botões de várias épocas.
No primeiro andar, a sala “Anjos Barrocos” é uma ode à craques do passado e do presente, masculino e feminino, que ajudaram a transformar o Brasil em uma potência no futebol.
Em seguida, as salas “Gols” e “Rádio” mostram a relação íntima que o futebol tem na vida das pessoas.
Na primeira, há o testemunhal de figuras importantes da crônica esportiva que contam o jogo (ou a narração) mais inesquecível de suas vidas.
Já a “Rádio” reproduz gols históricos de narradores icônicos, a começar com Gagliano Neto, responsável por levar ao Brasil, via ondas radiofônicas, a campanha do Brasil na Copa de 1938, na França, que chegou às semifinais.
Ao subir para o segundo pavimento, não se assuste ao ouvir gritos de gol, mesmo em dias que não há partidas. É a sala “Exaltação”, com cânticos de várias torcidas dos principais times do país.
Com mais de 430 imagens, a “Origens” relembra os primórdios da chegada do esporte no Brasil, na época em que era chamado pelo nome inglês “football”.
Para relembrar figuras importantes do país na primeira metade do século XX, há a sala “Heróis”, verdadeiro panorama das artes, da política e, claro, do futebol naqueles tempos.
Totens contam a história dos mundiais de futebol na sala “Copa do Mundo”. Em cada um deles, fotografias situam o visitante nos contextos nacional e estrangeiro em cada edição do torneio.
Voltado para o público mais jovem, a “Números e Curiosidades” traz as principais estatísticas e números que todo o louco por futebol nem fazia questão de conhecer.
Na “Jogo de Corpo”, os visitantes podem ter a experiência de “bater uma bolinha” em dois campos interativos.
O mesmo espaço conta com exibições de lances registrados pelo histórico Canal 100 e placas grandes com o desempenho dos quase 130 clubes que jogaram o Campeonato Brasileiro desde 1971.
O Museu Do Futebol também abriga o Centro de Referência do Futebol Brasileiro, o CRFB, com vasto e organizado acervo de livros e outros materiais para consulta.
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Que dias e horários o Museu do Futebol funciona?
Fica aberto de terça a domingo, das 9h às 17h. Na primeira terça-feira de cada mês, funciona até as 19h30.
Qual o valor e onde posso comprar os ingressos para o Museu do Futebol?
A entrada inteira custa R$ 20 e a meia R$ 10.
O visitante pode compra-los no térreo do museu ou pelo site da Sympla.
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Que estações de metrô são as mais próximas do Museu do Futebol?
As mais próximas são as estações Clínicas, da Linha 2-Verde, e Paulista da Linha 4-Amarela.
Ir ao Museu do Futebol é mais bonito que marcar um gol de placa (quem for lá, vai ter a chance de descobrir quem o criou e o porquê desse termo).
Quais estacionamentos perto do Museus do Futebol?
Para estacionar e economizar, perto do Museu do Futebol, faça o download do app superparking e reserve sua vaga antes mesmo de sair de casa.
Mas achou que estávamos em impedimento e vacilamos com alguma informação? Uma mensagem para julia@superparking.app vai evitar qualquer consulta do árbitro ao temido VAR.
